A propósito da recente e algo ridícula controvérsia em torno da indelicada e arrogante resposta da advogada e comentarista política Gabriela Prioli a algumas ingênuas porém justas colocações do youtuber Monark sobre o uso de dados estatísticos em discussões políticas, e também ao ver inúmeros políticos e comentaristas do jogo do poder na imprensa, nas redes sociais e na blogosfera, à esquerda e à direita, acima e abaixo, e também ao centro do espectro ideológico, a usar constantemente estatísticas atrás de estatísticas como argumentos supostamente irrefutáveis uns contra os outros, sobre os mais variados temas, sempre a enunciar, em alto e bom som, percentagens e mais percentagens a propósito disto e daquilo e a tentar posar como gênios oniscientes diante da população, com soluções prontas e supostamente objetivas para todos os grandes problemas nacionais, quando, na verdade, sequer fazem a menor ideia do que estão realmente a dizer, até mesmo inventando números para embasar seus discursos estapafúrdios e incongruentes, com o objetivo de ganhar os votos de eleitores embasbacados e boquiabertos com o seu falso conhecimento da real situação do país, inevitavelmente vem-me à memória o primeiro ensinamento de meu professor de estatística, na faculdade de ciência política e que se tornou meu escudo mental contra manipulações políticas baseadas em estatísticas:
- Não acreditem cegamente em estatísticas. Elas nem sempre expressam a realidade. Muitas vezes, fazem exatamente o contrário. Estatísticas podem mentir. Principalmente quando usadas com propósitos políticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário